Sou uma pessoa dedicada, há mais de vinte anos, a viver de
acordo com as premissas do pensamento positivo. Apesar disso, às vezes ainda me
pego chorando por causa de alguém que me decepcionou.
Depois da tristeza, vem o reconhecimento de que ninguém pode
me magoar, a não ser eu mesma. E que certamente existem crenças envolvidas
nesse processo, que atraíram pessoas que não foram capazes de cumprir aquilo que haviam prometido para mim.
O reconhecimento de que eu tenho poder sobre a situação que
acabou de acontecer me acalma. É como se eu retomasse a minha força, que foi
provisoriamente tirada de mim.
Eu entreguei o meu poder para o outro. Eu sei que o outro não
tem poder sobre mim, eu entreguei o meu poder a ele. No entanto, nem por isso
as minhas lágrimas são menos válidas. Nem por isso não estou certa na minha
tristeza.
Esse é o meu trabalho espiritual de hoje: validar os meus
sentimentos, ao mesmo tempo em que reconheço que o poder está comigo. Momentaneamente,
eu entreguei o meu poder ao outro. Nem por isso preciso me culpar. Eu valido a
tristeza e a dor, pois elas são o caminho para a compreensão de crenças ainda
inconscientes, que estão limitando a minha vida. Por isso, só me resta
agradecer àquele que me desapontou.
A decepção ocorre porque criamos expectativas que vão além do que as pessoas podem oferecer, portanto, nós criamos o nosso sofrimento. Evitaríamos isso se aprendêssemos a aceitar o próximo como ele é realmente e não como queremos que ele seja.
ResponderExcluirAbraços e sucesso!
É isso aí Igor, as expectativas são grandes causadoras de sofrimento.
ResponderExcluirObrigada pela visita!
Você não imagina como este texto caiu hoje direto na minha alma...
ResponderExcluirPrecisava de cada palavra ...
Só posso agradecer...
Kátia
Que bom Kátia! Eu é que agradeço suas palavras. Beijos!
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